A maternidade e o trabalho

Os desafios das mães empreendedoras

Jô Reflora

2/27/20242 min read

Além disso, a culpa muitas vezes se faz presente. A sensação de não estar dando atenção suficiente aos filhos ou de não estar totalmente focada no trabalho pode ser avassaladora. Infelizmente existe uma pressão social de ser a mãe perfeita, de cuidar do seu negócio de forma perfeita pra que ele dê certo, e a gente se sente numa corda bamba com a torcida gritando que a corda é bamba por nossa culpa. É importante para as mães empreendedoras praticar a autocompaixão e entender que estão fazendo o melhor que podem nas circunstâncias dadas. E que a torcida do contra simplesmente não tem noção, não tem assunto e não merecem ibope e nem seu tempo, que é extremamente valioso!

É fundamental que nós reconheçamos a nossas próprias conquistas e nos permitamos flexibilidade para lidar com os altos e baixos que naturalmente surgem nesse caminho.

Apesar dos desafios, ser uma mãe empreendedora pode ser extremamente gratificante. A oportunidade de construir um negócio próprio enquanto se mantém presente na vida dos filhos é um objetivo valioso para muitas mulheres. Com perseverança, apoio e autocompaixão, é possível superar os obstáculos e encontrar um equilíbrio que funcione para ambas as esferas da vida.

No fim das contas, vai dar tudo certo simplesmente porque você é capaz de realizar tudo o que, com sinceridade, se propor a fazer. Você é ótima! Devia se orgulhar disso.

Jô Reflora

Ser mãe de crianças pequenas e empreendedora pode parecer um desafio monumental. Equilibrar as demandas do trabalho com as responsabilidades da maternidade exige uma dose extra de organização, resiliência e apoio. Eu sou uma dessas mulheres que viram no empreendedorismo uma oportunidade de conciliar esses dois papéis e construir uma carreira significativa.

Encontrar um emprego e trabalhar fora se mostrava inviável ao se considerar o salário oferecido para a minha profissão e os gastos com duas escolas integrais, ou uma pessoa para me ajudar com duas crianças.

Durante a gravidez em repouso absoluto, usei meu tempo para produzir peças e decoração em artesanato para o bebê, o que ressuscitou aquela paixão que eu tinha pela arte quando eu era criança. Quando me vi precisando trabalhar e com a inviabilidade de emprego comum como expliquei acima, eu só pensava no artesanato.

A princípio tudo o que eu fiz foi exercitar a curiosidade, a criatividade e os testes com diversos materiais. Seis anos depois da "gravidez com artesanato", senti que eu podia sim fazer disso uma profissão e então nasceu meu ateliê, a Reflora.

E aí começam novos desafios. Conciliar as demandas do negócio com a atenção necessária aos filhos... um verdadeiro malabarismo. Foi preciso criar rotinas eficientes, estabelecer limites claros entre trabalho e vida pessoal, e muitas vezes contar com o apoio de familiares, parceiros ou redes de apoio (quando temos).